domingo, 9 de setembro de 2012

Moço dos olhos d´água,
secretos, 
da cor da esperança de ser pandora e te deixar voar,
como águia no deserto em busca de saciar sua fome.
Vê-lo sempre liberto, 
como vento que aviva incêndios,
Sua aspiração é ser pleno, 
de si mesmo, 
sem amarras.
Minha aspiração é ver seu vôo, disperso, desperto
Meus pensamentos não se aproximam 
Porque és ígneo, queimas 
lava se esvaindo no solo candente com fúria.
Escapo bravamente deste olhar misterioso
Como serpente hipnotizando a presa
Da languidez do seu caminhar
Tal felino se esgueirando para a vítima atacar.
É o seu estilo, não há como mudar...

sábado, 8 de setembro de 2012

Solene, sereno, suave
Etéreo, eterno, evanescente
Forte, feroz, fatal
Divino, devasso, demente
Calmo, constante, cavalheiro
Lúcido, louco, lascivo
Místico, metódico, misterioso
Autocentrado, aprisionado, autosuficente
Insone, insano, insolente
É vc, a quem eu amo sinceramente... 

domingo, 17 de junho de 2012

Pensamentos cheios de ternura
Se acercam de mim
Quando vejo como trabalhas
O cuidado com que cercas tua obra
Tua paixão pelo labor
Que nada mais é do que tua paixão pela vida
És cheio de vitalidade naquilo que fazes
Plena de admiração te observo
E te admiro no cantinho de sonhos
Onde me escondo de ti.


Vc é assim um pouco de luz e sombra
De brisa e ventania
De praia e de calmaria
De seriedade e de fantasia
O mar cabe inteirinho em seus olhos
Olhar de menino num rosto marcantemente masculino
As mãos delicadas e inquietas
Belas, muito belas, artísticas
Sua tranquilidade, acalenta, apascenta,
Sua inteligência, fomenta
Sua ausência, atormenta
Sua presença, alimenta
E aumenta o fogo primordial
Eterna busca do homem de Neanderthal

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Poème des Yeux

Olhos de cor indefinida,
Fascinação das esferas de luz,
Lapidados de meiguice,
De uma composição translúcida
Impondo e abrigando segredos, degredos e medos,
Muitos e tão pouco lúcidos.
Olhos lúdicos, de quem adora brincar,
De travessuras e alegrias
Alegorias teatrais 
Olhos de artista que se apresentam para depois se ocultar.
Olhos, que por serem os teus olhos, encerram uma infindável magia,
Alquimista de cores e de amores...

Oculto, 
Envolto em suas próprias asas invisíveis 
Preservando o pensar para não dizer demais
Ou de menos
O que seria, Osíris,
O que seria?
O que posso eu fazer quando o teu cheiro já penetrou a essência de meu ser e passou a integrar uma parcela de mim?
Teu perfume é a memória viva de minhas doces e estonteantes sensações.
As mesmas que só tu tiveste o dom de me provocar.
De me inspirar...


domingo, 20 de maio de 2012

Vou fazer um rito de passagem
Passagem para o teu coração
Coração andarilho
às vezes liberto, outras cativo.
Que pulsa solene neste peito ardoroso
Sensível, cordarto, amoroso...
Momentaneamente o percebo impulsivo, inquieto
Sofrendo com as rédeas que lhe são impostas
Outras horas criança, no seu lúdico sentir
Vem brincar no meu jardim secreto...
Queridos visitantes:

Todas as postagens são de minha autoria, se quiserem comentar fiquem à vontade. Irei adorar!

Um grande abraço.

Gorete Lourinho

"Volta-me aquele olhar cheio de paixão

Devota-me o brilho intenso de quando me deste teu coração

Ele agora me pertence, não te devolvo 

Do ensejo de me amar não te absolvo"



Hay Kay

Traço,

Compasso,

passo a passo

no meu espaço.


Me proíba. Me prenda. Me amarre em seus braços. Me beija, me cheira, me injeta em sua veia. Me envolve na sua teia. Me enreda, me enrola, manda em mim, me controla. Me ame, me chame e, se quiser, dê vexame.



sexta-feira, 2 de março de 2012

Vivo em estado de paixão extrema

Extremada paixão que me deixa assim

Inspirada e suspirando e amando e amando

Me sinto plena de nós dois

Neste sublime palco onde nossos desejos

Tomam forma e se aliam 

Há quanto tempo jaz adormecido este sentimento?

E com que força ele desperta?

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nesta noite trocamos carinhos e lágrimas
E uma saudade se fez presente
Poetar para você é algo natural
Homem de caráter tão especial
Terno e sincero
Vejo em seus olhos 
Uma pureza de sentimentos
Aquilo que silencias e revelas
Um coração pleno de quimeras
Determinado e forte
Bravo senhor da guerra
Que só quer viver em paz...




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Hoje vieram reminiscências de quando o vi pela primeira vez
Aquele ar de mistério, diáfano, irreal que emanava de ti
Um olhar oculto sob as lentes claras
Claras como você, 
Transparentes como sua personalidade forte, ariana 
e, ao mesmo tempo, suave como uma brisa de manhã raiada
Reservado, discreto, pleno de charme
Desde então, sempre que posso busco este olhar
Ainda que em fotos ou, quem sabe, em programas de TV
Admiradora secreta e revelada
Sua amiga dedicada... 


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Suavidade que lanças sob teus pés
Que embalam um corpo repleto de malícia
E que cobiço tanto.
A sedução é tanta que me causa espanto
Um sentimento imorredouro se apossa de mim
Tão absurdo e completo
Em toda sua complexidade
E em toda a sua evanescência, paradoxo,
Afeto presente mas veias
Que só tu com fogo inclemente
Em mim, ateias...



Vou me furtar da mão que acena
Vou me furtar da mão que, 
A cena do adeus que espera
Para acontecer.
Saber descerrar o véu do desvelo
Deixar uma luz perpassar
a lúgubre masmorra 
da controlada emoção,
Que presa se oprime
Intima o desfecho que imprime
A mão,
O adeus,
Que acena,
A cena final.



Chico

Esses olhos de maresia
Tão angustiados que precisam
Dizer, dizer, dizer
Da dor, do amor, do sofrer, do querer,
da mulher que sou eu.
Chico, navegar em ti 
é minha ansiedade,
meu desejo, 
minha mais cândida e impraticável vontade.
Quanto mar nos olhos teus
Quanto amor nos olhos meus
Deixa eu te amar eternamente,
Chico Buarque de Holanda
Deixa eu viajar para o teu país.

Jovem de sorriso franco e imaturo
em sua maturação
Mas que busca ir mais além
do arco de sua íris
Ver o que o olhar não vislumbra
Sentir o que o tato não traduz
Menino de fausto brilho
Que reluz como estrela 
mais pura e singela.
Doce e suave como brisa de manhã raiada.
Arqueiro do triunfo de existir
Sentado em doce espera...



Só eu sei de minhas dores, sofrimentos e temores, 
Só eu sei de minhas alegrias, satisfações e fantasias.
Tudo que meu consciente revela e esconde, feito sentinela.
Sem inventar mentiras ou verdades, 
límpido e translúcido como água de rio. 
Aquilo que o inconsciente retira do vazio.
Quero um minuto de teu tempo
Para que eu possa abrir um espaço dentro de ti.
E fazer isso é tão difícil
Quanto iluminar todos os caminhos da terra.
É um exercício de longa espera.
É um desvelo de não ter fim.



Você é uma fonte de água cristalina
Onde eu quero mergulhar.
Você é força e brandura ao mesmo tempo.
Eu conheço essa ternura, 
que você talvez nem soubesse que possuía.
Admiro aquele que mexe com minhas emoções
e com os meus nervos à flor da pele.
Homem na acepção da palavra.
Aí está a chave, o que atrai e encarcera
é a tua masculinidade nua e crua 
sempre à espreita e à minha espera.



Ser forte é saber reconhecer suas fragilidades.
Ser firme é lutar por seus ideais.
Ser amoroso é deixar os sentimentos fluirem.
Ser livre é perceber que o amor existe e te solta das amarras.
Deixe o sentimento florescer em seu coração,
Pare de ter medo da emoção.
Ela não te imobiliza, ela te liberta, 
Ela te transforma e te movimenta,
Ela traz leveza, plenitude e frescor, 
e o fará esquecer este temor...





Me tomas como uma febre,
És calor em mim,
És doçura quando desejas,
Quando queres incendeias.
Machucas com teu silêncio,
Alegras com teu sorriso,
Insensato sentimento,
Desbravado ou inexplorado,
Segue envolto em mistérios
Pelas veredas deste teu rosto sério.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Que fazer do medo do desencontro
Do horror do desencanto
Do penar do desenlace
O que fazer para que tudo apenas passe
e não deixe suas indeléveis marcas?
Como desatar os nós sem esforço
Se a corda é pesada e longa?
Como desfazer-se de intrincados detalhes
Que nos enredam cada vez mais um ao outro?
O que fazer???
Nos conter,
nos controlar,
Não pensar,
nem fazer?
Deixar acontecer?
Acontecer o quê?
O desfecho do conto de mistério
que vai apresentar o culpado.
A gente já sabe:
a culpa é sempre do mordomo...


(Homenagem a Herbert Vianna: "Eu tenho andado sério, preocupado, você não liga e o mordomo é o culpado...")
Olhos... Que instrumentos delatores
Capazes de expressar o que se passa
Nos véus dissimuladores d´alma


Que perpretam as maiores denúncias
Deslizando e devastando o íntimo confuso
Entregando o que, por vezes,
Se deseja ocultar.


E em outros momentos se deseja, apenas,
falar por eles,
no angustiado desejo de se confessar.


Ah, esses pequenos galanteadores
Olhos... Que instrumentos delatores.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Um toque de carinho naqueles olhos oblíquos
despertam a atenção e aguçam a curiosidade feminina.
O que eles escondem e o que demonstram
busco desvendar nas noites mal-dormidas,
nas noites bem vividas ao lado dele.
Um começo e sentimentos vários, 
se expandem em lugares isolados.
O que Eros reserva para aqueles mortais
perdidos e encontrados numa noite chuvosa?
Seria maldade encantar o casal impossibilitado
de viver uma paixão,
Mas os deuses gostam de brincar com os sentimentos
alheios
Quando não há planos é porque tudo já foi planejado
E quando nem se percebe os dois já foram alvejados...


Uma bruma paira secreta,
espera,
espera para chegar e envolver.
Mas as réstias de sol
insistem em iluminar esse amor,
cheio de promessas boas.
Mas onde a promessa?
Onde a gentileza?
Onde a saudade?
Onde a leveza?
Nascido de cuidados e de zelo,
o querer clama por mimos.
E o amor, a despeito de tudo isso, existe,
é real.
Ele resiste e mostra-se leal.
Sua fortaleza é testada cotidianamente
e mostra um vigor inquebrantável.
O sentimento se derrama em cascatas de ansiosa paixão
Suprime esse desejo, meu objeto de adoração...



Nosso amor não precisa de súplicas,
ele se consolidou de maneira equilibrada,
ele não vai capitular e se arrastar a esmo.
Nosso amor vive de si mesmo.



Mansamente ela chega, a paixão, subtraindo a razão,
as reservas,
os conceitos...

E se instala dominadora e impaciente na vida dos mortais.

Ela se comporta como uma deusa cheia de vontades, voluntariosa
e mina as tentativas de insubordinação do ego humano.

Ela quer, ela manda, ela domina, ela atrai.

Os reféns da paixão só podem fazer uma coisa: 

sucumbir, porque aliado a tudo isso tem o inebriar dos sentidos,

o pulsar forte nas veias, 

o coração pleno e a felicidade 

que brilha nos olhos de quem foi por ela atingido...