domingo, 17 de junho de 2012

Pensamentos cheios de ternura
Se acercam de mim
Quando vejo como trabalhas
O cuidado com que cercas tua obra
Tua paixão pelo labor
Que nada mais é do que tua paixão pela vida
És cheio de vitalidade naquilo que fazes
Plena de admiração te observo
E te admiro no cantinho de sonhos
Onde me escondo de ti.


Vc é assim um pouco de luz e sombra
De brisa e ventania
De praia e de calmaria
De seriedade e de fantasia
O mar cabe inteirinho em seus olhos
Olhar de menino num rosto marcantemente masculino
As mãos delicadas e inquietas
Belas, muito belas, artísticas
Sua tranquilidade, acalenta, apascenta,
Sua inteligência, fomenta
Sua ausência, atormenta
Sua presença, alimenta
E aumenta o fogo primordial
Eterna busca do homem de Neanderthal

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Poème des Yeux

Olhos de cor indefinida,
Fascinação das esferas de luz,
Lapidados de meiguice,
De uma composição translúcida
Impondo e abrigando segredos, degredos e medos,
Muitos e tão pouco lúcidos.
Olhos lúdicos, de quem adora brincar,
De travessuras e alegrias
Alegorias teatrais 
Olhos de artista que se apresentam para depois se ocultar.
Olhos, que por serem os teus olhos, encerram uma infindável magia,
Alquimista de cores e de amores...

Oculto, 
Envolto em suas próprias asas invisíveis 
Preservando o pensar para não dizer demais
Ou de menos
O que seria, Osíris,
O que seria?
O que posso eu fazer quando o teu cheiro já penetrou a essência de meu ser e passou a integrar uma parcela de mim?
Teu perfume é a memória viva de minhas doces e estonteantes sensações.
As mesmas que só tu tiveste o dom de me provocar.
De me inspirar...